terça-feira, 24 de março de 2009

Integração Cultural

O processo de globalização de uma empresa pode implicar a incorporação de executivos de outras partes do mundo, de diferentes culturas, com outros hábitos e distintos mindsets. Este processo de integração tem sido um dos mais comentados assuntos em Harvard.

O processo implica mudanças quer nos novos talentos, quer na estrutura base da empresa, habituada em pensar em termos de mercado local e mercado externo. Espera-se dos novos quadros o conhecimento regional de outro quadrante do mundo e a abertura para apreender toda uma nova série de formas de pensar, gerir e actuar – capacidade de adaptação. Cabe às corporações modernas criar uma atmosfera de trabalho multicultural, fornecendo aos gestores globais as ferramentas que permitem um trabalho capaz de gerar a optimização do valor que advêm de cada diferente cultura e assim gerar maior eficácia.

Trata-se de um tema que importa debater, no sentido que a maioria das empresas ocidentais, asiáticas e agora do Médio Oriente continuam a contratar executivos de diferentes culturas sem um processo maduro de integração, subvalorizando o potencial e em alguns casos criando choques, conflitos e falsos consensos que não conduzem aos melhores resultados.
Artigo publicado dia 20/3/2008 na Vida Economica.

sábado, 7 de março de 2009

Masdar

A primeira cidade 100% sustentável do mundo – Masdar – constitui tema de debate na mais importante escola de negócios americana desde há algum tempo. No entanto, o debate passou dos case studies de projecto inicial para uma discussão mais recente sobre o arranque em real desta iniciativa (www.masdaruae.com), com a recepção de 100 habitantes já em 2009.

Masdar é um projecto que merece atenção por ser a primeira proposta de cidade auto sustentada energeticamente e com impacto zero do ponto de vista ambiental e de consumo de recursos. Considerada irrealizável por alguns nos termos propostos e advogada por outros como puro marketing, a verdade é que o projecto tem avançado e catalizado debates que conduziram a melhores soluções, evoluindo de versão a cada novo estádio da gestão de desenvolvimento sustentável no mundo.


Este projecto, que tem igualmente um impacto zero ao nível de resíduos e pressupõe a inexistência de viaturas privadas, cria dúvidas nos formatos de governação, gestão sustentável e nos impactos no lifestyle e níveis de cidadania das populações. Inevitável é o consenso com Thomas Friedman na urgência de um Code Green, seja liderado nos USA … ou por Abu Dhabi.
Artigo Publicado na Vida Económica de 6/3/2009