sexta-feira, 22 de maio de 2009

Humble Bee

Desde há algum tempo que existem em Harvard inúmeras discussões, trabalhos, e frameworks para testar a maximização da utilidade das redes sociais no ambiente empresarial, nomeadamente as que se centram no ambiente Web 2.0, como o LinkedIn, Twitter, Facebook ou Myspace.


A corrente dominante apoia o método Humble Bee - as abelhas organizam-se enviando “escuteiros” à procura de espaços para captação de pólen, e num momento seguinte enviam grupos de teste que confirmam, através de uma dança, os melhores locais, e na sequência da decisão das pequenas maiorias, tomam decisões.


O que o processo Humble Bee traz de novo é uma clara separação entre o que o que é recolha/ descoberta/ invenção e o que é integração de informação. O sucesso do processo de comunicação das abelhas centra-se no facto de gerirem estas duas necessidades de formas distintas, sugerindo que nas empresas deve haver uma estrutura que permita um comportamento mais individual/de poucas interacções na captação de informação das redes wiki ou na gestão de criatividade e outro de grande intensidade comunicacional (ex: grupos de trabalho) na fase de integração da informação recolhida/criatividade desenvolvida. Gerir convenientemente será saber adoptar a cada momento o adequado processo comunicacional.


Publicado na Vida Económica dia 23-05-2009

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Brain Outsourcing

A mais importante escola de negócios do mundo tem debatido crescentemente um assunto relacionado com as funções centrais de cada empresa. Ao longo das últimas décadas e depois da fase da verticalização, tornou-se um standard de mercado o outsourcing de um conjunto de funções que permitiu ganhar em competitividade e eficácia.

A questão que hoje se debate é se a tomada de decisões deve ser colocada em outsourcing. O tema, denominado nos Class Forum de “Brain Outsourcing”, levanta sérias dúvidas, nomeadamente porque põe em causa do domínio do core. Os primeiros ensaios, com empresas especializadas em Business Analysis & Decision Taking que operam maioritariamente na India, revelarem resultados muito bons. A questão é polémica, porque existe um quase consenso sobre o principio de domínio das actividades core por parte das empresas.
Os entusiastas deste tipo de subcontratação alegam que a tomada de decisão pode não ser a actividade core da empresa, argumento não aceite pelos resistentes, que refutam com base na importância da decisão em qualquer processo da alta-estratégia. A discussão prossegue…
Publicado na Vida Económica a 1/5/2009